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27 de abr. de 2015

[Review] Monsters of Rock (25 de abril de 2015)

A última edição dos Monsters of Rock aconteceu em 2013 na Arena Anhembi. Não fui, mas quando foi anunciado as atrações do que rolaria nesta edição não tive duvida. Por motivos irrelevantes nesta resenha cheguei apenas para as três últimas bandas, que eram as únicas que eu realmente queria ver.

MOTÖRHEAD

O trio mais insano do mundo foi uma das grandes razões pelas quais eu comprei o ingresso e essa seria minha segunda vez vendo a lenda ao vivo. Entrei MUITO em cima da hora, mas assim que estava no meio da multidão um dos organizadores do festival subiu ao palco e disse que o Phil Campbell e o Mickey Dee subiriam no palco sem o Lemmy, mas acompanhados de Andreas Kisser e Derrick Green do Sepultura (tudo bem que o Paulo também estava la tocando baixo e ninguém falou nada...). Num primeiro momento fiquei PUTO, mas depois de alguns segundos percebi que era um momento único.

A apresentação foi bem curta, com apenas três músicas e a promessa de voltar o mais rápido possível.
Não foi o que poderia ter sido, mas com certeza não vou esquecer de como foi ver esses caras tocando Orgasmatron. E numa boa, quem não gosta de ver Mickey Dee tocando Overkill?
1. Orgasmatron
2. Ace of Spades
3. Overkill

JUDAS PRIEST
Na minha humilde opinião, esse foi O show. Depois de muitos anos finalmente fui ver o Priest de perto. A banda trouxe para cá a turnê do disco Redeemer of Souls, lançado no ano passado. Como o Judas sempre teve tradição de montar set lists que trazem músicas de várias fases e procurar trazer algumas perólas esquecidas, para a comemoração de 30 anos do disco Defenders of Faith a banda trouxe Love Bites.
Rob Halford não possui mais toda a potencia que sua voz apresentava a 20 anos atras, no entanto não há como negar que aos 63 anos ele continua muito bem em forma e não perdeu nada de seu carisma. É realmente difícil encontrar algum vocalista com a mesma idade que ele que continue tão bem no palco. Richie Faulkner, apesar de ter entrado apenas em 2011 ocupa bem sua posição e faz uma ótima dupla com o veterano Glenn Tipton.
Um show que foi impecável do começo ao fim da trabalho na hora de apontar destaques, mas cito Metal Gods, Turbo Lover, Hell Bent for Leather, You've Got Another Thing Coming e Living After Midnight das clássicas e Dragonaut das novas.
Espero que essa não seja a única vez que eu veja o Judas ao vivo, pois se não fosse o preço do ingresso eu teria ido no domingo novamente para ver o mesmo show!
1. Dragonaut
2. Metal Gods
3. Devil's Child
4. Victim of Changes
5. Halls of Valhalla
6. Love Bites
7. Turbo Lover
8. Redeemer of Souls
9. Jawbreaker
10. Breaking the Law
11. Hell Bent for Leather
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12. Electric Eye
13. You've Got Another Thing Coming
14. Painkiller
------------
15. Living After Midnight


OZZY
Eu já havia presenciado o lendário vocalista do Black Sabbath em 2008 no Palestra Itália. Sete anos depois com metade de sua banda trocada e um show menor, o senhor de 66 anos ainda sabe como entreter uma platéia.
O set list contou com apenas clássicos e excluiu completamente as músicas dos últimos cinco discos que o Madman gravou. O publico aprovou a escolha, tanto que todos os versos que eram cantados no microfone eram acompanhados pela multidão.
A competente banda que acompanhava Ozzy era formada por Blasko no baixo, Adam Wakeman no teclado (e durante as músicas do Sabbath, na guitarra), Gus G. na guitarra e Tommy Clufetos na bateria. Honestamente não gostei muito de Gus G. na banda, pois para meus ouvidos o que ele faz é imitar o que Zakk Wylde fazia no posto antes dele. Clufetos por outro lado foi um show a parte!
Os pontos altos do show foram Iron Man, Crazy Train e a abertura com Bark at the Moon, mas O momento foi durante Fairies Wear Boots.
1. Bark at the Moon
2. Mr. Crowley
3. I Don't Know
4. Fairies Wear Boots
5. Suicide Solution
6. Road to Nowhere
7. War Pigs
8. Shot in the Dark
9. Rat Salad (Guitar & Drum Solo)
10. Iron Man
11. I Dont Want to Change the World
12. Crazy Train
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13. Paranoid

Não posso comparar com a última edição, mas iria tranquilamente numa próxima. Comparando as atrações de 2013 com as de 2015 da pra perceber que cada ano teve um público alvo, resta agora ver qual sera o da próxima edição.
PS: por favor... na próxima sem esses malditos food trucks!

9 de abr. de 2014

[Review] Lollapalooza (6 de abril de 2014)

Após um bom tempo sem postar nada, retorno com essa resenha da terceira edição do festival Lollapalooza em terras brasileiras. Sim! Eu trai o movimento e fui no festival mais hipster do mundo...
Achei a estrutura boa, com tudo bem sinalizado e organizado, a única coisa que achei ruim foi a distancia colossal entre um palco e outro (e é claro os preços absurdos de comidas e bebidas no evento, mas como isso já é uma causa perdida...).
Bom, mais uma vez perdi o show dos Raimundos por um atraso meu... (DUH!), fui conferir o Selvagens à Procura de Lei, pois nunca os tinha ouvido, e após uns 10 minutos do show deles resolvi dar o fora. Encontrei uma amiga e um amigo meu no palco Onyx, que queriam ver o Vampire Weekend. Não me orgulho disso, mas assisti o show deles. Pois é...
Aquele show foi a coisa mais FELIZINHA que eu já vi na minha vida, mas uma vez que acabou, eu já tinha conseguido um bom lugar para o que REALMENTE importava naquele festival...


SOUNDGARDEN
Pontualmente as 18:55 o show de estréia do quarteto de Seattle começou com Searching With My Good Eye Closed. Pessoalmente eu não escolheria essa música para abrir o show, mas devo dizer que ela soouótima para a função. Logo em seguida o hit Spoonman arrancou uma ótima resposta do público.
Kim Bin Laden
Matt Cameron não estava presente para essa turnê, então a bateria ficou a cargo de Matt Chamberlain, ex-baterista do Pearl Jam. O reserva se mostrou competente durante o show inteiro. Kim Thayil fez todos os seus solos com muito feeling e precisão, além de tirar um timbre inacreditável de sua guitarra. Ben Shepherd é o baixista mais Bad Ass do mundo e Chris Cornell pode não se jogar mais no chão tocando guitarra ou gritar ainda mais ao vivo como fazia no auge, mas cantou o show INTEIRO sem desafinar.
É extremamente difícil apontar destaques de um show tão bem executado. Me limito a dizer que quando Jesus Christ Pose acabou, senti que tinha cumprido minha missão na Terra. Outshined, My Wave, (a inseperada) Superunknown, Been Away Too Long e Fell on Black Days foram as que eu acho que se destacaram. Agora, eu seria muito incompetente se não reservasse algumas linhas para falar da musica que fechou o show, Beyond The Wheel. A atmosfera sombria e Sabbatica desse som foi algo REALMENTE pesado. O vocal de Cornell, enquanto o mesmo corria na grade perto do público tornou a mesma ainda melhor. Ao final dela, houve um certo tempo de Thayil e Shepherd mexendo com a microfonia gerada pelos seus instrumentos. Caótico.
A espera por esse show foi longa, mas com certeza, a banda não decepcionou, e posso dizer que eles compensaram o preço do ingresso (e da água) do Lollapalooza 2014.
BADASS MOTHERFUCKER
1. Searching With My Good Eye Closed
2. Spoonman
3. Flower
4. Outshined
5. Black Hole Sun
6. Jesus Christ Pose
7. Like Suicide
8. Been Away Too Long
9. The Day I Tried to Live
10. My Wave
11. Superunknown
12. Blow Up the Outside World
13. Fell on Black Days
14. Burden in My Hand
15. Rusty Cage
16. Beyond the Wheel

29 de set. de 2013

[Review] Alice in Chains no Espaço das Américas (26 de setembro de 2013)

A terceira passagem do Alice in Chains por terras brasileiras incluiu um ótimo show no Rock in Rio, a
primeira passagem da banda em Porto Alegre e a volta da banda à São Paulo após 20 anos. O show em São Paulo foi o último da turnê, mas com certeza não sera o último daqueles que compareceram no Espaço das Américas.
Apesar de ser um show de quinta feira, o lugar estava bem cheio. Não chegou a esgotar os ingressos, mas acredito que não faltava muito para a capacidade máxima da casa ser preenchida. As 21:40 o show começou, logo de cara com as duas músicas que abrem o eterno clássico Dirt (1992). Them Bones e Dam That River animou logo de cara todos presentes que cantaram cada verso das duas. Em seguida, Hollow do novo disco foi executada, soando ainda mais pesada que as duas anteriores. Check My Brain, do disco Black Gives Way to Blue foi muito bem recebida pela platéia, assim como Again que foi tocada logo em seguida.
Ouvir Man in the Box no meio do show foi uma surpresa, mas muito bem vinda, pois ao contrário do show no SWU, o guitarrista Jerry Cantrell usou um Talk Box em sua guitarra para tornar a execução da música mais fiel à original, o que deixou a músicas ainda mais pesada.
Last of My Kind foi outra ótima surpresa do set, acompanhada pela bela Your Decision. Stone foi a última música do novo disco a ser tocada, o que é uma pena, pois eu estava esperando ouvir mais dele ao vivo.
Sludge Factory e Grind foram duas surpresas muito bem recebidas pela platéia. Logo em seguida tivemos mais um dos pontos altos da noite. A bela Nutshellteve uma bela execução, que contou com um solo no minimo épico de Cantrell, enquanto William DuVall empunhava um violão.
A banda deixa o palco e volta para um bis usando todos camisas da seleção brasileira, com seus nomes atrás. Haviam duas camisas penduradas nos amplificadores: uma escrita Starr, e a outra escrita Staley. As camisas foram dadas pela equipe da página do Face Alice in Chains - Brasil. A banda toca dois de seus maiores clássicos, Would? e Rooster e é acompanhada por todos presentes. Após o fim dessa última,os quatro ficaram ainda um bom tempo jogando palhetas e agradecendo ao público, expressando de forma honesta que se divertiram tanto no palco, como todos que estavam fora dele.
1. Them Bones
2. Dam that River
3. Hollow
4. Check my Brain
5. Again
6. Man in the Box
7. Your Decision
8. Last of My Kind
9. Stone
10. No Excuses
11. It Ain't Like That
12. We Die Young
13. Sludge Factory
14. Grind
15. Nutshell
------------
16. Would?
17. Rooster

27 de ago. de 2013

[Review] Corrosion Of Conformity no Manifesto (24/8/2013)

Sábado passado, o Corrosion of Conformity fez sua primeira apresentação no Brasil, e fez toda a espera dos fãs valer a pena. O Manifesto Rock Bar estava bem lotado quando entrei na casa, um pouco antes das 20 horas, poucos minutos depois a banda subiu no palco. A casa parecia estar próxima de sua capacidade máxima, com fãs da banda de tanto a fase Stoner como a fase Crossover.
O show começou as 20h10 com a música Bottom Feeder (El Que Come Abajo) do disco Wiseblood (1996) e sem perder tempo a banda mandou Psychic Vampire do disco que lançaram ano passado. Até o momento a platéia permanceu pouco agitada, mudando apenas com a performance de Deliverance. 
Na formação atual, os vocais são divididos entre o baixista Mike Dean e o baterista Reed Mullin. O guitarrista Woody Weatherman raramente fazia backing vocals, mas era de longe o mais carismático do trio. Mullin deveria ganhar mais destaque como vocalista no futuro, pois um dos melhores momentos da noie foi durante a execução de uma versão "economica" de Vote With a Bullet em que ele cantou.
Entre outros momentos que merecem ser citados, eu diria que as duas músicas do EP Megalodon, lançado de graça no final do ano passado, principalmente Priest Brains, estiveram entre as que soaram melhor ao vivo. Uma pequena jam com a música Hand of Doom do Sabbath também foi muito bem recebida pela platéia. As ainda novas The Moneychangers e principalmente The Doom soaram muito mais pesadas ao vivo. Na verdade, tudo soou MUITO mais pesado...
O único defeito que consegui encontrar nesse show foi sua duração... a banda tocou por aproximadamente 70 minutos! Tudo bem que havia várias músicas curtas, mas um show tão esperado e a tanto tempo podia durar mais...
A espera por esse show foi longa, mas após finalmente ve-lo, apenas digo que a espera pelo PRÓXIMO, vai ser tão torturante quanto essa...
Só tirei uma foto mesmo porquê o mosh me manteve ocupado...
1. Bottom Feeder (El que come abajo)
2. Psychic Vampire
3. Deliverance
4. Rat City
5. Holier
6. Seven Days / Your Tomorrow
7. The Doom
8. Vote With a Bullet
9. The Moneychangers
10. Hand Of Doom (Black Sabbath)
11. Strong Medicine Too Late
12. Loss for Words
13. Mad World
14. Hungry Child
15. Priest Brains
16. Technocracy

8 de jul. de 2013

[Review] CJ Ramone no Hangar 110 (5 de Julho de 2013)

O grande reino de devoção aos Ramones é na América do Sul, mais especificamente no Brasil e na Argentina. Isso não é mistério para ninguém, mas em uma noite como a de sexta feira passada, isso fica REALMENTE claro. CJ Ramone, havia feito uma longa turnê pelo Brasil no ano passado, para divulgar o lançamento de seu primeiro disco solo, Reconquista (2012). Em junho desse ano ele retornou ao Brasil para mais uma turnê, e tocou no mesmo lugar em São Paulo que da última vez: o Hangar 110.

Garotos (Podres)
Como foi anunciado esse ano o fim dos Garotos Podres, lenda do Punk Rock nacional, o Sukata e Caverna decidiram continuar, e para completar a nova banda convidaram Denis Piui na guitarra e Gildo (ex-Patria Amada) para o vocal. A nova banda chama-se simplesmente Garotos.
O show começou as 20:30 e a platéia ainda não havia preenchido por completo o Hangar, mas quem ja havia chegado recebeu muito bem a banda, cantando em coro todas as letras da banda e abrindo rodas. Após a música "Verme", Sukata usou alguns minutos do show para ler um discurso em nome dos quatro, sobre a situação da banda.
O show foi encerrado com Papai Noel Filho da Puta, aparentemente a favorita de todos naquela noite. Se havia duvidas sobre o futuro, pelo menos quem viu a banda de perto nesta noite não tem mais: essa nova formação com certeza da conta do recado.
1. Garoto Podre
2. Oi, Tudo Bem?
3. Anarquia Oi!
4. Johnny
5. Verme
6. Desaparecidos
7. O Mundo Não Pára De Girar
8. Papai Noel Filho da Puta

Veja o discurso de Sukata AQUI

CJ Ramone
Se não me engano faltava 15 minutos para as 22 horas quando CJ e sua banda subiram no palco do Hangar. A platéia já estava bem maior, e ao ouvir o primeiro dos muitos "one, two, three, four!" da noite, ja levou o Hangar a baixo ao som de Judy Is A Punk. Blitzkrieg Bop logo em seguida, foi um dos momentos de maior empolgação da platéia, como é de se esperar, com todos berrando o mais alto que conseguiam "Hey! Ho! Let's Go!".
No meio dos clássicos da banda que inventou um novo tipo de Rock na década de 1970, CJ apresentou alguams músicas de seu disco Reconquista (2012). Elas não eram conhecidas por todos, mas pelo menos onde eu estava (COLADO no palco), a maioria dos fãs já cantavam junto com cada uma
Com um set list longo e tão cheio de ótimas músicas é difícil de apontar destaques, mas cito Endless Vacation, Strength To Endure, Three Angels e Teenage Lobotomy, embora pra mim o ponto mais alto do show aconteceu logo após a primeira vez que a banda deixou o palco...
Ao retornar para um bis, CJ disse a platéia que era aniversário do cara que agendou o show, e pediu para a platéia cantar Happy Birthday para o cara. Ao fim da pequena homenagem, "One! two! three! four!" e The Crusher, de Adios Amigos! (1996) começa a ser tocada. Por ser uma das músicas que CJ originalmente cantava nos Ramones, foi uma das que mais enlouqueceu a platéia.
Assisti a um show do CJ no Manifesto Rock Bar em 2010, mas posso afirmar sem pensar duas vezes que esse show no Hangar foi ainda melhor! Mal posso esperar pelo próximo!
1. Judy Is A Punk
2. Blitzkrieg Bop
3. Cretin Hop
4. What We Gonna Do Now?
5. Beat on the Brat
6. Listen To My Heart
7. She's the One
8. Ghost Ring
9. Psycho Therapy
10. Rockaway Beach
11. Danny Says
12. Strength To Endure
(Aquele cara pendurado no retorno do CJ é o autor da resenha...)
13. You're the Only One
14. Endless Vacation
15. Aloha Oe
16. Sheena Is a Punk Rocker
17. Teenage Lobotomy
18. I Wanna Be Your Boyfriend
19. Three Angels
20. Commando
21. Do You Wanna Dance
22. Pinhead
--------------
23. The Crusher           
24. Havana Affair  
25. Sheena Is a Punk Rocker
26. Today Your Love, Tomorrow The World
27. California Sun
28. R.A.M.O.N.E.S.

Veja CJ tocando Three Angels AQUI.

e a única foto que tirei dessa ótima noite...

RAMONES FOR EVER!

22 de mai. de 2013

[Review] Virada Cultural 2013 (18 e 19 de maio)

Antes de qualquer coisa peço desculpas pela demorar desse post! Ando meio sem tempo para atualizar o blog, mas o mesmo ainda está na ativa!
Como sempre faço, compareci na Virada Cultural desse ano, mas só assisti dois shows em dois palcos diferentes. Aqui vai o depoimento de um sobrevivente...

Mondo Generator
Com o cancelamente do segundo show que a banda faria por aqui, essa foi a única oportunidade para conferir a banda em São Paulo, e para todos que compareceram, valeu MUITO a pena. Enquanto a banda fazia a passagem de som no palco da Avenida São João, Nick Oliveri andava de um lado para outro tocando seu baixo Fender e jogando camisas e CDs para a platéia. Poucos minutos após a meia noite, a banda estava pronta, e o baterista Hoss Wright começou a impiedosamente espancar a bateria, abrindo o show com Ode To Clarissa. Fãs do Mondo e do QOTSA reagiram bem, e o resto começou a abrir várias rodas na platéia. Sem nem perder tempo, ja emendaram Fuck Yeah, I'm Free e The Last Train, do último disco da banda.
Entre os melhores momentos do show destacaria Story Time, que foi cantada pelo guitarrista Ian Taylor, This Isn't Love que ganhou bastante peso ao vivo e principalmente as útlimas 5 músicas...
Uma sequencia PERFEITA iniciada calmamente com Auto Pilot, I Never Sleep, Millionaire (que na letra incluiu partes de Dog Food do Iggy Pop!), Allen's Wrench (para a alegria dos fãs do Kyuss) e 13th Floor, que encerrou com chave de ouro esse show.
Foi a segunda vez que assisti ao Sr. Oliveri ao vivo, e definitivamente, espero que não seja a última! Seja com o Kyuss novamente, com outro show de peso do Mondo Generator ou até mesmo um show solo e acústico, só espero que seja um show mais longo!
Set list:
1. Ode to Clarissa
2. Fuck Yeah, I'm Free
3. The Last Train
4. Gonna Leave You
5. Shawnette
6. Story Time
7. Won't Let Go
8. This Isn't Love
9. Wake Up Screaming
10. Auto Pilot
11. I Never Sleep
12. You Think I Ain't Worth a Dollar, But I Feel Like a Millionaire
13. Allen's Wrench
14. 13th Floor

George Clinton and Parliament-Funkadelic
QUE SHOW! É díficil lembrar dele sem dizer isso... As 3 da manhã do domingo, a praça Júlio Prestes estava LOTADA de gente para assistir a grande lenda do Funk dos anos 70. George Clinton e seu glorioso Parliament-Funkadelic tiveram o grande público na palma da mão por um pouco mais de uam hora. Foi de longe o palco mais "cheio" que ja vi em uma virada. Nem me atrevi a tentar contar quantos músicos estavam no palco, todos MUITO talentosos.
O ponto mais alto do show com certeza foi durante as últimas três músicas: Maggot Brain foi executada com perfeição, com feeling de sobra. Give Up the Funk impossiblitou qualquer um de ficar parado e Atomic Dog, fechou o ESPETÁCULO com chave de ouro. 
Espero que Clinton retorne ao Brasil, pois foi impossível deixar a praça de madrugada sem querer ver outro daqueles...
Set list (não tenho muita certeza se foi esse, mas foi o único que encontrei na internet...)
1. One Nation Under A Groove
2. Flash Light
3. Cosmic Slop
4. Tales Of Kidd Funkadelic
5. Crazy
6. Get Off Your Ass and Jam (Shit, Goddamn)
7. Maggot Brain
8. Give Up the Funk (Tear the Roof off the Sucker)
9. Atomic Dog 



11 de abr. de 2013

[Review] DOWN no Carioca Club (10 abril de 2013)

MAS QUE NOITE FOI AQUELA???

Um show com o ingresso (absurdamente) caro no meio da semana teria tudo para ser um evento bem vazio, mas, o supergrupo de New Orleans conseguiu arrastar uma legião de seguidores ao Carioca Club. O lugar estava BEM cheio.
Com um pequeno atraso de um pouco mais de meia hora, as luzes da casa se apagam e a banda sobe ao palco, abrindo com Lysergik Funeral Procession, do disco Down II (2002). O público reage bem, cantando em coro pela maioria esmagadora e ja abrindo rodas. Com poucos segundos após seu termino Phil Anselmo anuncia a próxima, Pillars of Eternity do disco Nola (1995). Mais uma vez o público reage à altura, mas quando Anselmo dedica a terceira música, Lifer, ao falecido Dimebag Darrell a casa vai abaixo.
A banda estava muito bem humorada na noite. Anselmo colocou uma mascara de assaltante e anunciou que a banda tocaria um som do Down IV: The Purple EP lançado no ano passado, e Witchtripper começa a ser tocada. Se no estúdio a música ja é pesada, ao vivo é um absurdo. Na sequência, outra do novo play, Misfortune Teller, que conseguiu ser ainda mais pesada que a anterior.
Após essa sequência de sons, a platéia começa a jogar vários objetos no palco, entre eles CDs, um desenho, camisas do Pantera e o mais engraçado, um sutiã preto. Pepper Keenan pega a peça de roupa e leva para Jimmy Bower, que não pensou duas vezes antes de vesti-lo e mante-lo durante todo o show.
As próximas foram duas favoritas dos fãs: Temptation's Wings e Ghosts Along the Mississippi. Anselmo aponta para o mesanino e comenta a presença de Andreas Kisser do Sepultura na platéia e dedica Losing All a ele, seguida por New Orleans Is a Dying Whore. Todas muito bem recebidas pela platéia.
Num dos momentos mais engraçados da noite, Anselmo anuncia a presença de ZÉ DO CAIXÃO no mesanino! "OH MY GOD IT'S COFFIN JOE!!!" arrancou risos de todos presentes. Após dizer que assistiu todos os filmes dele e "AT MIDNIGHT I'LL TAKE YOUR SOUL!" dedicou a última musica da noite que pertence ao ultimo lançamento da banda: Open Coffins. Em seguida, Eyes of the South... "America?" começa a ser tocada, e Phil elogia constamente os fãs brasileiros enquanto Kirk Windstein e Pepper Keenan exibem sem vergonham alguma toda a veia bluseira da banda.
A banda deixa o palco por um momento, mas logo Anselmo volta e após fazer um engraçado discurso sobre uma certa "planta" que serviu de inspiração para várias músicas do Down, mandam Hail The Leaf para o delirio de todos, e seguido por um trecho de Walk do Pantera. Ao ouvir o Riff da música do Pantera, não houve uma forma de vida no Carioca Club que permanceu parada.
Num dos pontos mais altos do show, Pepper e Kirk mais uma vez trazem a veia bluseira da banda, e começam Stone The Crow (música na qual eu finalmente consegui fazer um crowdsurfing alucinante!).
Para encerrar um show do Down, a sempre muito esperada Bury Me In Smoke. Cantada e bem recebida por todos, teve direito até a uma participação de Andreas Kisser do Sepultura com seu filho na jam que a encerra.
É p i c o.
Com certeza foi um show fenomenal, e na minha opinião melhor que o ja excelente show no SWU 2011. Agora o negócio é esperar pelo lançamento das próximas partes do Down IV que devem sair entre esse ano e ano que vem e pela próxima oportunidade de ver esses 5 monstros no palco novamente.
1. Lysergik Funeral Procession
2. Pillars of Eternity
3. Lifer
4. Witchtripper
5. Misfortune Teller
6. Temptation's Wings
7. Ghosts Along the Mississippi
8. Losing All
9. New Orleans Is a Dying Whore
10. Open Coffins
11. Eyes of the South
-----------------------
12. Hail the Leaf
13. Stone the Crow
14. Bury Me in Smoke

E QUE VENHA O PRÓXIMO!

POWER OF THE RIFF COMPELS ME!

9 de mai. de 2012

[Review] Virada Cultural 2012 (5 e 6 de Maio)

É impossível uma única pessoa fazer uma resenha da Virada Cultural inteira sozinha, por isso vou fazer uma resenha dos 3 shows que presenciei na oitava edição do evento.

TITO & TARANTULA
O show que eu estava mais ansioso para assistir era o do Tito & Tarantula. A banda nunca esteve no Brasil antes, mas fez uma bela estréia na Virada. Não sei o motivo, mas o baterista Alfredo Ortiz, e o guitarrista Steve Hufsteter não estavam presentes. Gostaria de saber se eles deixaram a banda ou apenas não tocaram nesse show. No lugar dos dois, havia um guitarrista, uma bateria e um cara que alternava com a baterista, e tocava guitarra em outras músicas, além é claro, da baixista Caroline Rippy. Não sei quem eram, mas cumpriam bem suas tarefas, principalmente O baterista, que sentava a mão sem dó.
Outro fato interessante, é que Tito fez praticamente todos os solos do show, ao inves de tocar as bases praticamente o tempo todo como em todos os bootlegs e videos da banda. Como solista, o cara não decepciona nem um pouco, e mandou muito bem em todos.
O show começou com uma versão excelente de Alacran y Pistolero, que mesmo com uma pequena falha de Tito ao cantar um verso fora de hora, foi uma ótima abertura. Além dos clássicos After Dark, Angry Cockroaches e Back to the House que foram muito bem recebidos pela platéia, o set contou com músicas de Back Into The Darkness de 2008, e duas músicas da banda antiga do frontman, Motorcycle Girl e Don't Throw Stones, do Cruzados.
Para encerrar esse excelente show, uma versão bem rapida e pesada de La Bamba. A espera valeu a pena!
1. Alacran y Pistolero
2. Strange Face
3. Flor de Mal
4. Don't Throw Stones
5. Clumsy Beautiful World
6. Back to the House 
8. Monsters
9. Machete
10. Motorcycle Girl
11. In My Car
12. After Dark
13. Angry Cockroaches
---------------
14. La Bamba

IRON BUTTERFLY
Logo após o show do Tito & Tarantula, o palco da São João foi ocupado pela equipe do Iron Butterfly, banda lendaria dos anos 60. A passagem de som foi rapida, e pontualmente as 23h30 a banda iniciou o show. O baixista e vocalista Lee Dorman, tocou o show inteiro sentado num banquinho, mas isso não atrapalhou ele em nenhum momento, pois cantou e tocou seu baixo com muita precisão. Entre todas as músicas, comentou sobre elas e falou com a platéia, o que demonstrava uma grande animação do mesmo por estar tocando para uma platéia brasileira pela primeira vez.
O guitarrista Charlie Marinkovich fez um show aparte, com uma ótima presença de palco e ótimos solos. Em muitos momentos roubou completamente a atenção da platéia.
O show começou com uma versão de PESO da faixa Iron Butterfly Theme, seguida de Unconscious Power, ambas do disco de estréia do quarteto. O ponto mais alto do show foi sem dúvida, In-A-Gadda-Da-Vida, música favorita de praticamente todos da platéia, onde todos os integrantes fizeram solos, e Marinkovich chegou a descer até a platéia durante o seu, e tocar na grade, colodo no público (e a meio metro de mim).
Espero poder comparecer a outro show desses monstros dos anos 60.
1. Iron Butterfly Theme
2. Unconscious Power
3. In the Time of Our Lives
4. Stone Believer
5. Flowers and Beads
6. Easy Rider (Let the Wind Pay the Way)
7. Butterfly Bleu
8. In-A-Gadda-Da-Vida

TITÃS 
O anúncio que o Titãs faria um show na Virada onde tocariam o disco Cabeça Dinossauro (1986) animou muito os fãs da banda, que compareceram em peso no palco da São João para o assistir o clássico. A banda subiu no palco com a platéia na mão, e não fizeram por menos. 
Todas as músicas foram cantadas em coro pela platéia, enquanto outros abriam rodas constantemente.
Os integrante originais foram como sempre, muito empolgados e tocando com vontade o tempo todo, enquanto o novo baterista, Mario Fabre, mostrou-se competente para susbstituir o lugar que pertenceu por anos a Charles Gavin.
Metade do show foi o play sendo tocado ao vivo, e a outra metade, foram outros clássicos da banda como O Pulso, Lugar Nenhum, Vossa Excelência e Televisão. A banda estreou um som novo próximo ao final do set, a música Fala Renata! foi um lembrete ao público que a banda ainda faz músicas novas de qualidade.
O show era previsto para acabar com Lugar Nenhum, como geralmente fazem, no entanto, a pedidos insistentes da platéia por um bis, a banda voltou para tocar o hit Flores.
Mais uma vez, o Titãs mostrou porque são dinossauros tão bem sucedidos do rock nacional.
1. Cabeça Dinossauro
2. AA UU
3. Igreja
4. Polícia
5. Estado Violência
6. A Face do Destruidor
7. Porrada
8. Tô Cansado
9. Bichos Escrotos
10. Família
11. Homem Primata
12. Dívidas
13. O Que
14. A Verdadeira Mary Poppins
15. Amor por Dinheiro
16. Nem Sempre Se Pode Ser Deus
17. Aluga-se
18. Diversão
19. Vossa Excelência
20. Televisão
21. A Melhor Banda De Todos Os Tempos Da Última Semana
22. O Pulso
23. Fala Renata!
24. Será Que É Isso O Que Eu Necessito?
25. Lugar Nenhum
--------
26. Flores

Agora é só esperar pela virada do ano que vem...

28 de abr. de 2012

[Review] Anthrax & Misfits em São Paulo (27/4/2012)

Ontem a noite, fui num show que está castigando meus ouvidos até este momento em que escrevo esta resenha, e provavelmente continuara por um bom tempo... A útltima data da turnê Anthrax & Misfits pelo Brasil foi na última sexta-feira (27/4), em São Paulo, no HSBC Hall e com a abertura do Torture Squad. A seguir, o depoimento de um sobrevivente da destruição.

Torture Squad
Não conheço muito da carreira do Torture Squad, mas pelas poucas músicas que ouvi, notei uma grande qualidade da banda. Como o Torture foi uma das várias bandas que cancelou sua apresentação pela péssima produção do M.O.A., esse foi o primeiro show da banda sem o vocalista Vitor Rodrigues, como um trio, com o guitarrista André Evaristo assumindo os vocais.
Se eu não soubesse que esse foi o primeiro show deles como um trio, eu nunca ia desconfiar que a banda ja estava na ativa a anos. André mostrou ter uma voz poderoso, e não deixou a guitarra prejudicada em nenhum momento.
A banda tocou por aproximadamente 40 minutos, apresentando músicas de seus trabalhos mais recentes, e inclusive uma música nova foi tocada pela primeira vez no show, instrumental e brutal. Um show impecável que foi muito bem recebido pelo público.
vou ficar devendo o set list e até fotos do Torture Squad pois não achei em nenhum site. FUUU!

Misfits
Ok, também não conheço muito dos Misfits pois nunca me interessei muito em escutar os cara. Assim como provavelmente uma boa parcela do público, conheci a banda através das regravações do Metallica. Logo ao final da primeira música um pensamento veio a minha cabeça: "Porra! Eu devia ouvir mais esses caras!".
As luzes do HSBC se apagaram e o trio formado por Jerry Only (baixo e vocal), Dez Cadena (guitarra e vocal) e Eric Chupacabra (bateria) sobe ao palco para começar o show quebrando tudo com The Devil's Rain. Após várias músicas tocadas sem intervalo, Only agradeceu a platéia e pegou uma carta de um fã próximo ao palco, perguntando se era um presente de aniversário.
A música She, que Only disse ter sido a primeira música que ele escreveu para a banda, conseguiu uma das melhores reações da platéia durante a apresentação deles, e mais para a metade do show, dedicaram um cover de Thirsty and Miserable do Black Flag ao Anthrax.
Para encerrar a apresentação, Descending Angel e Die, Die My Darling. Ao terminar o show, Only desceu do palco para conversar com os fãs na platéia.
Foi um ótimo show, até para os que não conheciam a grande maioria das músicas.
1. The Devils Rain
2. Vivid Red
3. Land of the Dead
4. The Black Hole
5. Scream!
6. Twilight of the Dead
7. Father
8. Static Age
9. Bullet
10. She
11. Abominable Dr. Phibes
12. American Psycho
13. The Shining
14. Dig Up Her Bones
15. The Monkeys Paw
16. Halloween
17. Skulls
18. Where Eagles Dare
19. Hatebreeders
20. Thirsty and Miserable
21. Saturday Night
22. Descending Angel
23. Die, Die My Darling

ANTHRAX
Depois de uns 40 minutos de passagem de som, as luzes do HSBC se apagam, e Worship, abertura do último disco da banda, Worship Music (2011), começa a ser tocada no PA. Charlie Benante sobe ao palco primeiro e aos poucos, o resto da banda sobe também, e em seguida Earth On Hell começa o show. Sem um único momento de descanso, Fight'em 'Til You Can't é tocada.
A terceira música do show, Caught in a Mosh foi o primeiro clássico a ser executado, e é claro, a platéia reagiu á altura. Tanto as músicas do novo disco, como os clássicos dos anos 80 geraram boas reações da platéia. Era impossível não notar que a banda estava tendo tanta diversão quanto os fãs.
O Anthrax estava em ótima forma na noite, pois o vocalista Joey Belladonna não desafinou em nenhum momento, Frank Bello corria pelo palco todo com seu baixo Fender, Rob Caggiano, estava competente como sempre, e Scott Ian fez seu show a parte, pulando constantemente enquanto metralhava seus Riffs, fazendo backing vocals perfeitos para as músicas e agradecendo e interagindo com os fãs constamente.
Scott Ian, em um dos poucos intervalos entre as músicas, enquanto agradecia a platéia, anúnciou que tocariam uma música que nunca tocaram em São Paulo, a música era Deathrider do primeiro disco da banda. Na sequência, Medusa e Among the Living, que fechou com chave de ouro a primeira parte do set.
As luzes se apagam, e Scott Ian retorna ao palco, tocando o Riff de Be All, End All em sua Jackson, quase que num mantra. Antes mesmo dos outros integrantes da banda entrarem, o público ja cantava em coro o Riff. Madhouse foi a próxima, seguida de Metal Thrashing Mad.
Para a surpresa de muitos, a próxima foi a execução de um trecho de I'm The Man, música rara nos set lists da banda. Ela foi seguida de outra surpresa na sequencia, pois a banda fez um cover de Refuse/Resist do Sepultura, como forma de agradecimento pelos shows em que Andreas Kisser substituiu Scott Ian na guitarra.
A última música que a lenda do Thrash tocou foi I Am The Law, do clássico Among the Living (1987). Ao termina-la, a banda agradeceu a platéia, prometeu retornar mais cedo da próxima vez. Belladonna puxa um coro da platéia de Long Live Rock'n'Roll do Rainbow, que começa a ser tocada no PA do HSBC e a banda deixa o palco.
Um show DESTRUIDOR.
1. Earth on Hell
2. Fight 'Em Till You Can't
3. Caught in a Mosh
4. Antisocial
5. I'm Alive
6. Indians
7. In the End
8. Got the Time
9. Deathrider
10. Medusa
11. Among the Living
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12. Be All, End All
13. Madhouse
14. Metal Thrashing Mad
15. I'm the Man
16. Refuse/Resist
17. I Am the Law


18 de jan. de 2012

[Review] Marcos Ottaviano - Show "Vivendo a história da guitarra blues" (17/1/2012)

Poucas horas se passaram do primeiro show que fui em 2012. O guitarrista Marcos Ottaviano apresentou no SESC Vila Mariana o show "Vivendo a história da guitarra blues", onde é feita uma "viagem no tempo" começando com músicas dos anos 30 e mostrando ao decorrer do show, como o gênero evoluiu. A banda conta também com Andrei Ivanoic (baixo), Humberto Zigler (bateria) e Amleto Barboni (guitarra e vocal).
O show começa com apenas Marcos e Amleto no palco, cada um com um violão, relembrando os primordios do Blues. Os dois abrem o show com I'm So Glad
de Skip James e Love in Vain de Robert Johnson, com destaque para a primeira pelos excelentes solos de slide de Marcos.
Antes da terceira música, Humberto sobe ao palco, os dois trocam os violões por guitarras e o trio algumas músicas como eram tocadas na década de 30. Ao final de I Can't Stop Loving de Elmore James, Andrei junta-se ao resto da banda, que mandam logo em seguida Stormy Monday de T-Bone Walker e Everyday I Have the Blues do grande B.B. King.
Um dos melhores momentos do show foi a sequência que contou com Politician do Cream, Little Wing de Jimi Hendrix (onde Marcos fez uma das melhores interpretações da música que ja vi) e Midnight Rider do The Allman Brother Band.
Durante a música seguinte, Ain't Gonna Give Up On Love de Stevie Ray Vaughan, Amleto roubou completamente a atenção da música durante o solo, misturando feeling com velocidade de forma impressionante.
A banda toca Chicken in the Kitchen de Robert Cray, se despede e volta para um bis rapido com Talk to Your Daughter de Robben Ford.
Se você tiver a chance de assistir esse show, ou qualquer outro desses caras, não pense duas vezes antes de ir!

A única foto que tirei que ficou "aceitável" do show...

16 de nov. de 2011

[Review] SWU (14 de Novembro de 2011)

Não é todo dia que rola um festival grande no Brasil, mas em 2010, foi anunciado que o lendário festival Woodstock teria uma edição no Brasil. A notícia gerou uma certa polêmica, pois enquanto uns afirmavam que o festival era único e nada chegaria a seus pés, outros pensavam "opa! um festival grande por aqui!". Rolou o SWU 2010, teve alguns shows legais, e muitas reclamações sobre a estrutura do evento.
No começo do ano foi anunciado que teriamos uma segunda edição. Com várias atrações nos dias 12, 13 e 14 de Novembro, foi possível notar uma grande evolução no festival.
Essa resenha não irá falar sobre os prós e contras da estrutura do festival, apenas dos shows do terceiro dia do festival, que de longe, apresentava o melhor line up.
Não pude conferir todo os shows do dia, pois abri mão de assistir alguns para conseguir um bom lugar para assistir aos que me motivaram a ir no festival. Infelizmente, não pude chegar a tempo para o show dos Raimundos, e vi apenas a última música do Loaded, mas pelo que ouvi falar os dois foram ótimos (pelo menos o que eu vi do Loaded foi bom).

DOWN
Esse foi o primeiro show do super grupo em terras brasileiras. Era fácil de perceber que o grupo motivou a ida de um grande número de pessoas. Assim que a banda pisou no palco, já tinham a platéia na mão. O carismático Phil Anselmo mostrou-se extramente satisfeito com a reação da platéia. Antes de tocarem a primeira música, ele anuncia "hoje é um dia especial! Vamos tocar nosso albúm NOLA inteiro! WE ARE DOWN FROM NEW ORLEANS, LOUISIANA! A primeira música se chama Temptations Wings!". Logo em seguida, a banda começou a música, e a plateia com empolgação, a abrir rodas, pular e cantar a letra do clássico. Estava difícil de dizer quem estava se divertindo mais com o show, os fãs ou a banda. Anselmo cantou o show inteiro com uma bandeira do Brasil amarrada na cintura, e não parou um único segundo durante a apresentação. Dedicaram Lifer para o falecido Dimebag Darrell e Hail the Leaf para os amigos do Sepultura. Um dos pontos mais altos do show sem dúvida, foi a execução do clássico Stone the Crow, onde os guitarristas Pepper Keenan e Kirk Windstein demonstraram prefeitamente o que é tocar um solo com FEELING (ok, no show inteiro fizeram isso).
A banda ainda conseguiu empolgar todos presentes quando tocaram um pequeno trecho de Walk do Pantera. Para finalizar o show, o clássico Bury Me In Smoke. A longa música contou com a participação dos caras do Loaded no final. Ao fim dela, Anselmo diz a platéia que esse tinha sido o melhor show da turnê na América do Sul, e faz todos cantarem juntos o ultimo verso de Stairway to Heaven. Épico.
NOLA não foi tocado inteiro, pois a banda não possuia mais tempo, mas, sem dúvida, foi um dos melhores shows do festival, ou melhor, da década.
01 – Temptations Wings
02 – Lifer
03 – Pillars of Eternity
04 – Hail The Leaf
05 – Underneath Everything
06 – Losing All
07 – Eyes Of The South
08 – Stone The Crow
09 – Walk (trecho)
10 – Bury Me In Smoke

Para assistir ao show do Down, Clique aqui.

PRIMUS
O Primus também pisou pela primeira vez no Brasil para se apresentar no SWU. Eu estava na frente do palco deles enquando o Sonic Youth fazia (a merda d)o show deles, esperando para os caras subirem no palco. Na montagem do palco deles, dois astronautas enormes foram colocados na frente dos amplificadores. Foda!
O show deles começou com a música Those Damned Blue-Collar Tweekers, e logo de cara, quem não conhecia o som da banda ficou impressionado com a habilidade do baixista Les Claypool, que além de dominar completamente seu instrumento, utilizava modelos incomuns, e tirava sons únicos deles. Apesar da grande maioria da platéia não conhecer os sons mais novos da banda, regiaram bem a eles.
Os pontos mais altos do show foram durante as músicas Wynona's Big Brown Beaver e My Name Is Mud, que eram conhecidas pela maioria.
Foi um show excelente, e mostrou para todos a diversidade do som dos caras, mas infelizmente, deve ter sido díficil de se "apreciar" para muitos presentes no festival.
01 - Those Damned Blue-Collar Tweekers
02 - Pudding Time
03 - Prelude to a Crawl
04 - Eyes of the Squirrel
05 - Wynona's Big Brown Beaver
06 - Jilly's on Smack
07 - Over The Falls
08 - Lee Van Cleef
09 - Jerry Was A Race Car Driver
10 - My Name Is Mud
11 - John the Fisherman

Clique aqui para assistir ao show do Primus

MEGADETH
O Megadeth era uma das bandas mais esperadas da noite. Apesar de terem passado por aqui no ano passado, a banda conseguiu levar um bom público para o festival. A última passagem da banda por nossas terras foi durante a turnê de comemoração de 20 anos do clássico do Thrash Metal, Rust In Peace (1990). Dessa vez eles traziam a turnê do recem lançando Th1rt3en. Pelo tempo reduzido do set, eles tocaram apenas Whose Life (Is It Anyways?) e Public Enemy No. 1 do novo, que ficaram ótimas no set ao lado dos clássicos. A abertura do show foi com Trust para a alegria da platéia.
A voz de Dave Mustaine não estava 100% na noite, mas ele aguentou cantar o show inteiro e não fez feio. Quanto a sua execução das músicas na guitarra... PERFEITA! Alguns dos melhores momentos do show foram durante as músicas Headcrusher, Sweating Bullets e Symponhy of Destruction, mas de longe, a melhor música dos set deles foi Holy Wars... The Punishment Due, que foi pedida pela platéia durante o show inteiro.
Com o clássico, o Megadeth encerrou seu set de uma hora no SWU, e assim, mais um excelente show no Brasil.
01 - Trust
02 - Wake Up Dead
03 - Hangar 18
04 - A Tout Le Monde
05 - Whose Life (Is It Anyways?)
06 - Headcrusher
07 - Public Enemy No. 1
08 - Sweating Bullets
09 - Symphony Of Destruction
10 - Peace Sells
11 - Holy Wars... The Punishment Due

Para assistir a destruição do Megadeth no SWU, clique aqui.

STONE TEMPLE PILOTS
Poucos minutos após o show do Megadeth terminar, o Stone Temple Pilots iniciou o show deles no palco Energia. Não sou chegado no som dos caras, então permaneci no palco Consciência esperando pelo Alice in Chains.
Não sou indicado para julgar uma apresentação do Stone Temple Pilots, mas a banda parecia estar fazendo um bom show que agradava aos seus fãs. Pelo que li, o set list do show foi muito semelhante ao que a banda executou nas apresentações pelo Brasil no passado.
01 - Crackerman
02 – Wicked Garden
03 – Vasoline
04 – Heaven & Hot Rods
05 – Between the Lines
06 – Big Empty
07 – Silvergun Superman
08 - Plush
09 – Interstate Love Song
10 – Big Bang Baby
11 – Sex Type Thing
12 – Trippin’ On A Hole In A Paper Heart

Para assistir ao show deles, clique aqui.

ALICE IN CHAINS
A última vez que o Alice in Chains tocou no Brasil, foi em 1993, no extinto festival Hollywood Rock. MUITA coisa aconteceu com a banda desde lá: aquele foi o último show da banda com o baixista Mike Starr (RIP!), Mike Inez entrou para a banda, eles lançaram um EP acústico que foi o primeiro EP da história a estrear em primeiro lugar, gravaram um disco, gravaram um Unplugged, acabaram... Layne Stanley morreu... voltaram, gravaram um dos melhores albúns de retorno da história, Mike Starr falaceu... e no meio disso tudo, inúmeros shows e turnês.
Os fãs da banda aguardavam com muita ansiedade na frente do palco Consciência pelo começo do show. Com alguns minutos de atraso após o show do Stone Temple Pilots (que pareceram uma eternidade) as luzes do palco se apagam e os 4 de Seattle sobem no palco.
A primeira música, o clássico Them Bones da obra Dirt (1992), que logo de cara ja conquista a platéia. Na sequência, Damn That River do mesmo albúm, com o mesmo efeito da primeira. Durante todo o dia choveu, e essa cuhva deu um clima épico para o som seguinte, Rain When I Die. Assim que as 3 primeiras músicas do albúm favorito da maioria dos fãs acaba, o vocalista William DuVall fala um pouco com a platéia e Again, do terceiro disco da banda é tocada.
O show continua com sons do primeiro e do útlimo disco deles, e a banda toca uma música que foi uma excelente surpresa para muitos lá (inclusive eu), Got Me Wrong do EP Sap é tocada, e nela DuVall que faz todos os solos dela, e faz MUITO bem. Após uma mais "calminha" nada melhor que uma PORRADA, e para isso We Die Young se saiu perfeitamente. Na sequência, Last Of My Kind, na minha opinião, um dos melhores momentos do show.
Down In A Hole, também não era esperada pela platéia, pois poucas vezes é tocada, mas sua execução resultou num coro alto da platéia, que se manteve na música seguinte, a balada Nutshell, onde Jerry Cantrell demonstrou um feeling único para solar.
A sequência de clássicos que encerrou o set deles, aparentemente, era formado pelas músicas favoritas de todos. Angry Chair, Man in the Box, Rooster, No Excuses e Would? foram cantadas por todos.
Na minha opinião, foi o melhor show do festival.
01 - Them Bones
02 - Dam That River
03 - Rain When I Die
04 - Again
05 - Check My Brain
06 - It Ain't Like That
07 - Your Decision
08 - Got Me Wrong
09 - We Die Young
10 - Last Of My Kind
11 - Down In a Hole
12 - Nutshell
13 - Acid Bubble
14 - Angry Chair
15 - Man In The Box
16 - Rooster
17 - No Excuses
18 - Would?

Clique aqui para assistir ao show épico do Alice in Chains.

FAITH NO MORE
Após o fim do show do Alice in Chains, eu e meus amigos corremos para o palco Energia, e conseguimos bons lugares para a próxima e última atração. O Faith No More havia anunciado que o show no Chile, em Dezembro do ano passado seria o último da reunião da banda, mas para a alegria de todos, a banda anunciou mais uma turnê na América do Sul.
Houve um pequeno atraso no show, mas logo em seguida, o poeta pernambucano Cacau Gomes fez uma introdução para o show, recitando alguns versos. Assim que ele acabou, a banda sobe ao palco vestidos todos de pai de santo... isso mesmo! A abertura, assim como nas outras datas foi com Woodpecker From Mars com uma citação de Delilah de Tom Jones. Assim que a primeira música acaba, a banda manda o hit From Out Of Nowhere, o que anima muito a platéia. Na sequência, Last Cup Of Sorrow do INJUSTIÇADO Album Of The Year.
Após a pesada Caffeine, a música Evidence começa, e nela, Mike Patton prova mais uma vez que é um frontman único, e a canta em português. O vocalista fala somente em português com a platéia o show inteiro, e corrigiu o tecladista Roddy Bottum quando ele disse "Boa noite São Paulo!" com "NÃO É SÃO PAULO! É PAULINIA!".
O show segue com o hit Midlife Crisis e a brutal Cuckoo For Caca, como a banda gosta de fazer, manda logo em seguida a balada Easy, cantada por todos no festival. Surprise! You're Dead! e Ashes to Ashes dão sequência ao show. Durante The Gentle Art of Making Enemies, Patton desce do palco, e assume o comando de uma das camêras do palco, e se dirige a platéia, cantando junto dos fãs. De volta ao palco, King For a Day, Patton diz inumeras vezes "Porra! Caralho!" e assim conquista até quem não era familiarizado com as músicas mais "obscuras" do grupo.
A banda manda seu maior hit, Epic, cantada por todos presentes, e em seguida, traz a surpresa que prepararam para o público brasileiro. Durante Just a Man, a banda convida ao palco o coral de heliópolis, formado por crianças.
A banda sai do palco, mas logo volta para um bis. Patton traz consigo um copo na mão e diz "Caipirinha? Por que não?" e a banda começa uma música desconhecida por todos la. É a mesma que tocaram na Argentina, ao vivo, ela soou bem melhor do que eu esperava. Para continuar, Diggin' The Grave, que era bem mais conhecida, que foi ótima, mesmo com um pequeno erro de Patton na letra.
Para encerrar esse show, o cover de Herb Alpert, This Guy's In Love With You. A balada clássica termina o show de maneira perfeita.
Aparentemente a banda retornaria ao palco, pois os roadies não começaram a desmontar os equipamentos da banda, mas provávelmente a organização do festival não permitiu, e logo, uma queima de fogos de artíficio indica o encerramento do SWU 2011.
Mais uma vez, o Faith No More fez um show histórico no Brasil.
01 - Woodpecker From Mars/Delilah (Tom Jones)
02 - From Out Of Nowhere
03 - Last Cup Of Sorrow
04 - Caffeine
05 - Evidence
06 - Midlife Crisis
07 - Cuckoo For Caca
08 - Easy
09 - Surprise! You're Dead
10 - Ashes To Ashes
11 - The Gentle Art Of Making Enemies
12 - King For A Day
13 - Epic
14 - Just A Man
----------------
15 - NEW SONG
16 - Diggin' The Grave
17 - This Guy's In Love With You

Clique aqui para assistir ao show do Faith No More

Não posso falar sobre os outros dias do festival, mas a última noite, foi absurdamente boa. O SWU 2011 foi muito superior ao 2010, agora fica o desafio de fazer um melhor no ano que vem...


(Eu não falei do show do Sonic Youth pois teria que escrever "merda", "bosta" ou "ruim" tantas vezes que a leitura ficaria um saco...)