[Review] Alice Cooper em SP

Ok... houve um pequeno atraso, mas la vai uma (tentativa) de resenha do show do grande ALICE COOPER que aconteceu em São Paulo na ultima quinta feira (dia 2 de junho).

Apesar de ser numa quinta feira, o Credicard Hall estava bem cheio, com a pista praticamente lotada de um publico com grande variação de faixa etaria. Enquanto a plateia aguardava, o PA ja tocava alguns classicos da lenda.
As 10 horas (com meia de atraso) Alice inicia o show, com a cortina que possuia a imagem do musico caindo e a musica The Black Widow. O publico teve uma otima reação, assim como na musica seguinte, Brutal Planet (a faixa título de um dos albums mais polêmicos entre os fãs do mestre do horror).

Em seguida, 4 dos MAIORES classicos da historia do Rock'n'Roll são executados: Eighteen, Under My Wheels, Billion Dollar Babies e No More Mr. Nice Guy. Essa seqüência foi sem a menor sombra de dúvidas um dos pontos mais altos do show, tanto pela banda como pelo publico.
O palco se escurece, e um som de varias pessoas gritando "HEY" aumenta devagar. Hey Stoopid da continuidade ao espetaculo, e é muito bem recebida pela plateia. O classico dos anos 90 termina, e mais uma preciosidade dos anos 70 é apresentada, Is It My Body, do album Love it to Death. Ela termina, e a competente banda de Cooper inicia a viajante Halo of Flies, do album Killer. Nessa musica cada membro da banda mostra o porquê de estarem na banda de Cooper. Os solos e Riffs longos levam a musica a um solo de bateria absurdo do otimo Glen Sobel. A plateia toda reverenciava o baterista aos acordes finais da musica.
Alice volta ao palco, e escrito nas costas em sua jaqueta "New Song", e I'll Bite Your Face Off que estara no proximo album é apresentada ao publico brasileiro. Pelo que ouvi nela, parece que teremos MAIS um album genial do grande Alice. No meio da musica, Alice tirou sua jaqueta e onde havia "New Song" passou a ter o nome dela.

Outros 3 classicos dos anos 70 são tocados Muscle Of Love, Only Women Bleed e Cold Ethyl. Nessas, o guitarrista Steve Hunter foi um dos destaques, pois estava presente nas gravações originais delas.
Feed My Frankenstein da continuidade, e sem duvida, foi uma das mais bem recebidas pela plateia. Essa foi a musica que me apresentou a esse grande artista, então para mim, foi um dos momentos mais especiais do show. Durante os solos, Alice e um "assistente" encenaram dar vida a um enorme frankenstein com a cara de seu criador (no melhor estilo Eddie The Head do Iron Maiden...). O publico aplaudiu muito a musica e a "criatura". Clones foi tocada em seguida, mas sem o mesmo impacto, no entanto, a próxima música, Poison, foi uma das que mais rendeu vozes em coro da plateia. Essa deve ser a melhor balada da carreira de Cooper.
A excelente e pesada Wicked Young Man, do album Brutal Planete terminou com uma parte essencial para esse show: a guilhotina. E como não poderia ser diferente, a cabeça do maior vilão do Rock caiu ao som de I Love The Dead, onde mais uma vez, os musicos da banda puderam mostrar mais do seu talento, principalmente o baixista Chuck Garric, que alem de ter sua performance excelente durante todo o show, mostrou sua voz poderosa nesse refrão cantado por todos no Credicard Hall.

Vivo mais uma vez, Alice Cooper volta ao palco, diz "IT'S PARTY TIME" e um dos maiores hinos ja gravados é tocado: School's Out. A plateia inteira se anima com ela, e no meio do classico, a uma citação de Another Brick in the Wall do Pink Floyd, onde Alice mostra mais uma vez, como é genial. Ao fim da musica, a banda deixa o palco, mas rapidamente volta para o bis. Elected, musica que fecha os shows do astro a muito tempo, é tocada. A noite parecia ter chegado ao fim, mas...
"OK, ONE MORE!" diz ele sorrindo para os fãs. Logo em seguida, a banda toca outro grande classico do Rock, mas não de Cooper, e sim de Jimi Hendrix. Fire encerra a noite com todos presentes na casa de show cantando o refrão eternizado pelo mestre da guitarra.
Ao fim desse grandioso espetaculo, NINGUEM parecia desapontado, mas tambem, não havia um unico motivo para isso.

2 lendas: Alice Cooper e Steve Hunter