1. Pra começar, é impossível falar sobre o Câimbra sem falar do Emicaeli, Sheila Cretina e do Badtrip Surfdeath, as bandas do Tsunami. Como tudo isso começou?
Tudo começou quando o Piettro, vizinho do Manéu (que já foi do Stand Free), conheceu no IAV o Alexandre (que sempre foi do Emicaeli, junto com o Dentão e o Chã do Badtrip) e depois conheceu o Caio e o Gustavo (da Sheila Cretina), que estavam ensaiando no Red Mob Studio porque o Rodrigo (também da Sheila) conheceu o Piettro na Anhembi-Morumbi e levou a Sheila pra ensaiar lá. Assim surgiu o Câimbra. Se não entenderam, a gente pode desenhar... [risos... goles no whisky]
Pouco tempo depois a Sheila Cretina e o Badtrip Pesadelo (que hoje é Badtrip Surfdeath, com o Manéu no baixo) já estavam ensaiando e gravando no RMS e a turma do Emicaeli, banda mais antiga do grupo, começou a agitar os primeiros shows coletivos. Em outubro de 2010, rolou o "Chá de Fita" na Associação Cultural Cecília, com Emicaeli, Badtrip, Stand Free e Sheila Cretina. Em março de 2011 rolou a mini-turnê "Lebre de Março", com Emicaeli, Badtrip e o Câimbra entrando no circuito. Finalmente, em maio de 2011, rolou o "Tsunami" no Plebe Bar Indaiatuba, pela primeira vez com as quatro bandas juntas: Emicaeli (hoje com o Piettro no baixo), Badtrip Surfdeath, Sheila Cretina e Câimbra. Esse show por pouco não aconteceu, porque faltou energia elétrica no Plebe e tiveram que procurar um eletrecista acordado às 23h e... [história muito longa para este espaço]
2. Esse ano vocês lançaram o segundo EP do Câimbra, "E NO FIM O QUE RESTA?". Houve diferenças no processo de composição e gravação dele em relação ao anterior, "É TUDO UMA MENTIRA" ?
No processo de composição, parece que tivemos uma diversidade maior de influências, com todos os integrantes trazendo ideias complementares e dissonantes para as novas faixas. Também tivemos mais tempo para experimentar as músicas ao vivo, pois fizemos muitos shows ao longo de 2011. Por outro lado, não descartamos nenhuma música -- gravamos as cinco que estavam prontas naquele momento... [cruzam os olhares com cara de dúvida e desconfiança... mais goles de whisky]
O novo EP foi gravado no estúdio Zastrás, que fica dentro da Associação Cultural Cecília, um ambiente diferente do extinto Red Mob Studio, mas que já vínhamos frequentando havia um bom tempo. A produção também foi bem diferente: gravamos todos os instrumentos separados, ao contrário do primeiro EP, que foi gravado ao vivo... [alguém boceja e mexe o gelo no copo]
3. Em Maio e Junho o Emicaeli fez uma turnê pela Europa, há planos para uma turnê do Câimbra ou das outras bandas do Tsunami por lá?
A turnê do Emicaeli pela Europa teve uma "ajudinha do acaso" porque o Piettro e o Dentão já estavam por lá (em Londres) fazendo um curso de Produção, então precisaram ir "só mais três" integrantes... as faturas de cartão de crédito ainda estão chegando pra castigar a galera, então por enquanto não há planos tsunâmicos de retorno à Europa. Mas estão dizendo por aí que pode rolar uma turnê com Câimbra e Sheila Cretina na Argentina ainda esse ano... [cruzam os olhares com cara de dúvida e desconfiança... alguém abre uma lata de cerveja e desconversa]
4. A banda já pensou em lançar algum registro ao vivo?
Tanto o Câimbra quanto as outras bandas do Tsunami estão sempre fazendo registros das apresentações ao vivo, algumas vezes até com qualidade suficiente para um lançamento audiovisual. Mas como já é bastante difícil ter um disco prensado em CD ou vinil, neste momento estamos priorizando mesmo os trabalhos de estúdio. Ano passado o Câimbra participou do TV Trama e foi um registro bem bacana. Temos o áudio bruto gravado e mixado pelos engenheiros de som da Trama e, quem sabe um dia, podemos lançar este registro em uma compilação de sons ao vivo ou até mesmo como bônus em algum disco de estúdio. O Emicaeli também tem boas gravações dos shows pela Europa e há planos de lançar um disco ao vivo ano que vem, quando a banda completará 18 anos.
5. O Câimbra lançou um vinil esse ano contendo os dois EPs da banda. Como foi possível lançar nesse tão sonhado formato?
Já em 2012, quando estávamos gravando o "E NO FIM O QUE RESTA?" pensávamos em lançar os dois EPs juntos em vinil. Pesquisamos bastante e descobrimos que o Brasil é muito carente de fábricas para prensar vinil. A única fábrica que ainda existe tem um custo quase proibitivo para uma banda independente. Foi quando encontramos a DMS na Inglaterra com um custo acessível para uma tiragem pequena (300 unidades) e coincidiu de o Piettro estar estudando em Londres, então conseguimos juntar uma grana por aqui e mandar todo o material para ser prensado lá na Terra da Rainha. O Emicali também aproveitou o embalo e prensou o novo álbum "SCHIZOFRITO". Os vinis ficaram prontos quando o Emicaeli estava na Europa, então conseguimos trazer para o Brasil sem custos adicionais de frete internacional e importação... [risos]
6. Quais os planos futuros do Câimbra?
Vamos continuar na pegada de shows para promover o vinil, que ficou muito bacana e já está vendendo bem. Estamos com algumas composições novas e a ideia é gravar e prensar um split com nossos hermanos do Altar (Argentina). Além disso, o Tsunami está programando para o restante de 2013 uma agenda de shows em quase todos os finais de semanas, agora com outras bandas convidadas para engrossar o caldo tsunâmico. Estes shows devem acontecer na Sta. Cecilia, em casas do Centro e Augusta e também ocupando espaços públicos, como os eventos recentes na Praça Roosevelt, Minhocão e Anhangabaú.
Para os interessados em comprar o todo poderoso VINIL(!), você pode encontra-lo...
-- Em qualquer show do Tsunami
-- Nas lojas em São Paulo: Tuca Discos, Big Papa e The Records
-- Nas lojas em Londres: All Age Records e Sister Ray
-- No Bandcamp da banda
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