A seguir as respostas do duo stoner/punk que está na ativa desde 2006.
1. como o Projeto Trator começou?
Paulo "Thompson" Ueno: Começou no longínquo inverno de 2006, na época em que a
tarifa do ônibus custava 2 reais e o bilhete único não tinha limite de viagens.
No início o nosso propósito era de ser um projeto mesmo, pois tocavamos em
outras bandas.
Thiago Padilha:
Marcamos alguns ensaios sem pretensão nenhuma. Tiramos sons de bandas como
Kyuss, Fu Manchu, Danzig e QotSA, mas logo de cara percebemos que rolava uma
química de composição muito grande e focamos em compor sons próprios ao invés
de tocar músicas de outros artistas. Rapidamente a banda começou a acontecer e
estamos ai até hoje na correria. Sempre como duo.
2. Recentemente o Projeto Trator fez a primeira turnê pelo
Nordeste. Como foram os shows lá?

Thiago Padilha:
Foram os shows mais insanos da história do Trator. Tocamos em 3 estados (PE, RN
e PB), tudo no esquema faça você mesmo marcando os shows por e-mail/telefone e
indo viajar entre os Estados de onibus. Registramos toda essa experiência p/
lançar mais um documentário no ano que vem.
Queria agradecer o pessoal do blog stoner rock PE, Espaço Do
Sol, Black Hole e Pogo Pub. E dizer p/ galera ficar esperta nas bandas Monster
Coyote, Red Boots, Dead Pixels e Son of a Witch (RN) e Mojica (o eyehategod do
Brasil) e Mondo Bizarro (a melhor banda de stoner nacional dos ultimos anos).
Paulo "Thompson" Ueno: Gostaria de citar algumas bandas que depois desse rolê
passaram a fazer parte na nossa história também:
Red Boots (RN), Monster Coyote (RN), Dead Pixel (RN),
Misfits Cover de Areia Branca (RN), tudo bem, eu sou Misfiteiro mesmo… Mojica
(PE), Mondo Bizarro (PE), Verina (PE), Rabujos (PE) e Subversivos (PE).
3. O Projeto Trator ja recebeu alguma proposta para tocar fora
do Brasil?

4. Fale um pouco sobre o novo play que vocês vão lançar, o "Na
Fronteira com o Ordinário Planeta Pêssego Azul".
Paulo "Thompson" Ueno: Não vou repetir aquela "maxima" de que será o
melhor disco da banda, da carreira, que será um divisor de águas... blá, blá...
Fato é que depois de dois EPs será
nosso primeiro "Full" .
Ele foi inteiramente gravado e produzido pelo grande
Eduardo Murai com muitos pitacos nossos, claro. Fico imaginando um jovem
inconsequente loco de bala andando de skate com uma peita do GWAR e um walkman
"Cougar" autoreverse na cintura ouvindo Black Flag e Moto Perpetuo
(primeira banda do Guilherme Arantes de 73) na 23 de Maio. Essa é a minha
definição sobre o disco. Uma observação: todas as cançoes são inéditas e foram
gravadas por nos.
Thiago Padilha:
O Paulo definiu bem o disco (risos)! Podemos resumir o disco na imagem do
Guilherme Arantes louco de bala, andando de skate no centro de SP e ouvindo
Black Flag no walkman (risos).
5. Quais os planos futuros da banda?
Thiago Padilha:
Lançar o novo disco. Estamos muito felizes com a produção que o Dudows (Eduardo
Murai) tá fazendo. Pretendemos prensa-lo e estamos vendo algumas possíveis
distribuições. Depois disso, é cair na estrada de novo p/ divulgar os sons.
Também queremos começar a compor material novo, já temos algumas embriões de
músicas que surgiram na turnê no Nordeste.

6. Você acha que a banda evoluiu desde o lançamento do EP
"A Bombástica Barafunda do Batizado" em 2007?
Paulo "Thompson" Ueno: Eu não e voce Padilha? Antes eu conseguia tocar e
cantar com mais facilidade, tipo Mustaine no "Rust in Peace" hoje me
sinto o Phil Anselmo tocando e cantando (risos). Sacanagem.
Thiago Padilha:
Vou tentar resumir de forma prática. Quando você junta dois caras muito fãs de
Melvins, Sonic Youth, dos projetos do Mike Patton e etc, a tendência é que
quantos mais entrosados eles fiquem, mais estranho fique o som (risos).
Naturalmente fomos ficando mais esquizitos e tortos com o passar dos anos
(risos). Nós (des)evoluimos nesse sentido.
Paulo "Thompson" Ueno: Honestamente, eu acho do caralho nosso primeiro EP,
tenho mó orgulho. Eu achava que nem fossemos chegar onde chegamos. Nossa forma
de tocar e compor também mudaram. Tenho alergia à expressão
"amadurecer". Como o "Padilha" disse: Patton, Sonic Youth e
Melvins + Patife Band e Sarcófago ajudaram pra caralho.
Thiago Padilha:
E Black Flag, Brant Bjork e Eyehategod (risos). Também tem uma porrada de
bandas que o pessoal nem imagina, mas que daria uma boa conversa no bar.
7. É isso ai caras, deixem um recado para os leitores do blog.
Thiago Padilha:
Comam verdura, leiam Hakim Bey e não deixem de acompanhar o facebook do Projeto
Trator (facebook.com/projeto.trator).
Semanalmente a página é atualizada com shows, fotos, videos e novidades.
Valeu ae Ricardo, pelo espaço no Zumbi Atomico.
Paulo "Thompson" Ueno: Valeu mesmo pelo
espaço, pelos 17 minutos que você acabou de gastar aqui, pelo "Hate"
que o Sarcófago lançou em 94 e eu não paro de ouvir, pela força do glorioso
Zumbi Pacheco. Diga não aos crocs e sapatenis.
Clique AQUI para baixar o EP "A Bombástica Barafunda do Batizado (2007)
Clique AQUI para baixar o EP "O Caldo Vai Azedar" (2009)
Clique AQUI para assistir o documentário que a banda fez do show em Itú, em fevereiro desse ano.
LEMBRANDO A TODOS QUE MORAM EM SÃO PAULO QUE ESSE DOMINGO (11/11) O PROJETO TRATOR VAI TOCAR NA CASA MAFALDA AO LADO DOS HOLANDESES DO THE SHINING! O INGRESSO CUSTA APENAS R$3,00!
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